A saudade dói
Dói demais, meu pai!
São tantas as lembranças
Mais que lembranças
Mais que memória
É história
A história dos cestos
De taquara
Que fazias pro pasto
Nas tardes de chuva
A história das vassouras
Que amarravas
Pra varrer o pátio
Nas manhãs de sábado
A história do teu canivete
No teu bolso
Afiado sempre
Pra descascar laranja
Pra gente
A história do chapéu de palha
Amassado sempre
Ao carregar o cesto
Cheio de milho
A história da satisfação
Ao trazer melancia
Que servias a toda a família
À sombra do cinamomo
A história do choro fácil
Dos olhos molhados
Choro de emoção
Puro coração...
Choro eu agora
Chora a saudade
Chora a lembrança
Chora a memória
Chora a nossa história.
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