1 – Numa manhã igual tantas outras
Dos oitenta anos da tua vida
De súbito caíste da cadeira
Chegara a tua derradeira
Hora amarga da despedida
2 – A triste notícia se espalhou
Toda família veio te visitar
Se antes ela lá se reunia
Com festa, risada e alegria
Naquele dia veio para chorar
3 – E choraram teus filhos e filhas
Que com tanta força te amaram
Lembravam com muita saudade
Os bons tempos de mocidade
Quando ainda contigo moravam
4 – Lembravam o pai bom que foste
Dos teus churrascos, do chimarrão
De tantos porcos que criavas
De tantos bois que amansavas
Dos cavalos, do carrinho, do galpão
5 – Lembravam a tua vida honesta
Da tua mão firme, do teu respeito
Das tuas palavras de valor
De um pai de família com amor
Que tinha a família junto ao peito
6 – Choravam teus genros e noras
Pois te adoravam como a um pai
Como filhos os aceitaste
A arte de viver clhes ensinaste
O que do seu pensamento não sai
7 – Choramos todos, teus netos e netas
A tua morte, Vatter Goelzer, querido
E procuramos viver agora
A todo instante, a toda hora
Do modo como tinhas vivido
8 – Neste teu repouso eterno
Quero deixar nossa despedida
E agradecer que, com tanto amor,
Nos ensinaste o valor
Verdadeiro e supremo da vida.
(Escrito no dia de sua morte, 03.09.1979,
na Faculdade de Teologia em São Leopoldo,
na dor de não poder estar junto com a família,
de sua neta Louraini Christmann)
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