História Ferida
Lola
(fiz esta poesia no longínquo 18/09/89, no movimento
das comunidades
atingidas pelas
barragens no vale do Rio Uruguai)
Sem perguntar pra
nós
Se a gente queria ou
não
Se a gente podia ou não
Se a gente vivia ou não
O plano surgiu
Se definiu
E desferiu o golpe
De morte no nosso mundo
E o nosso mundo tão
nosso
Que a gente fazia tão
bem
Que a gente sorria tão
bem
Que a gente vivia tão
bem
Chacoalhou
E derrubou o sonho
Risonho de ter história
Mas a nossa
história ferida
A gente defende na luta
A gente compreende na
luta
A gente empreende na
luta
Pra que o plano
derrotado
Acabado
Seja levado ao fracasso
No compasso da
organização
E nossa organização
A que a gente está
ensaiando
A que a gente está
sustentando
A que a gente está
treinando
Faz deste plano de
barragens
Uma bobagem
Que a mensagem da vida
Invalida
Na base da fé.
Bonita e emocionante poesia. Um abraço.
ResponderExcluirO mundo é opressor e temos sempre que lutar com isso.Parabéns.
ResponderExcluirBela e inspiradora mensagem. Adorei!
ResponderExcluirTriste poema...de um rio cativo;
ResponderExcluirEle devia correr para o mar!
Correr em liberdade!
Mas o homem inventa as prisões, grilhões!
E lá vai o rio, no suave deslizar,
Tristeza de um rio sem Liberdade!
Beso Lola...( Célia.
Um belo poema uma boa mensagem...
ResponderExcluirMas conflituo e polémico!
Beijo Lola
Célia Sousa
Olá Lola!
ResponderExcluirApesar do ano ser 1989, sua poesia é bastante atual.
Organização e luta.
Sempre...
Grande abraço.
Poesia pura de intervenção e coragem. Força!
ResponderExcluirbeijinho
Fê
Hermoso y sentido poema fluyen los versos como el río cautivo de pena...
ResponderExcluirLindo mensaje
Cristina
Um tema que não cae em desuso, trajetória que se repete com frequência. Muito bom seu poema amiga! Adorei sua inspiração!
ResponderExcluirObrigada por seguir meu blog do Mindim! Bjs!
Uma poesia muito bela e forte.
ResponderExcluirAdorei cada palavra. Parabéns.
Lápis,Papel e História